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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Perdemos o velho assessor da SRF/SUL

Morre Zanoto

January 21st, 2011 · Geral

Uma das lembranças mais queridas que tenho dos antigos bailes no Clube de Varginha era ver um casal dançando. Os dois ficavam agarradinhos, depois ele soltava a esposa, atravessavam o salão -cada um para um lado- dando aqueles passinhos curtos, e voltavam. Eu era adolescente e achava o maior barato.
Algum tempo depois, conheci aquele senhor. Zanoto. Pai do Dr. Luiz Henrique de Souza Pinto. Escrevia no Correio do Sul. Uns textos estranhos, poesia.
Fui compreender aquela figura só alguns anos mais tarde. José de Souza Pinto foi uma pessoa que marcou sua passagem. Nasceu em Varginha, filho do português Antônio de Souza Pinto, um dos três irmãos que fundaram o Armazém Souza & Pinto Ltda. e assumiram o Hotel Megda (Hotel Maduro), em frente a estação ferroviária, quando aquela região era o centro econômico-financeiro de Varginha.

Zanoto era apaixonado pela literatura. Durante cerca de 40 anos escreveu a coluna “Diversos Caminhos”, no Jornal Correio do Sul. Presidente de honra vitalício da Academia Varginhense de Letras, Artes e Ciências (AVLAC). Colaborava com veículos literários de vários estados e países. Recebeu comendas e homenagens pelos textos que redigia e pela saudável teimosia em publicar, diariamente, uma coluna literária.
Tinha outro hábito saudável, de caminhar tranquilamente pelas ruas da cidade, onde buscava inspiração para seus textos. Me disse, uma vez, que levava os textos, datilografados, a pé até o jornal.
Há alguns anos visitou Portugal. Foi até a cidade onde o pai nasceu. Procurou a fonte que ilustra o rótulo do vinho “Zanoto”. Ficou decepcionado com o que viu. Preferia o rótulo.
Foi Zanoto que me explicou o nome da vila onde meu avô, Manoel Maria Madeira, nasceu. Freixo é uma árvore. Sobre ela sempre ficava um sentinela, vigiando se vinha inimigo da Espanha. Ficava com a espada na cinta. Daí o nome Freixo de Espada à Cinta.
Zanoto era fã de Fernando Pessoa. Um apaixonado pela palavra (“Ela é mulher”, dizia).
Gostava de literatura, música, um bom vinho.


Mas a paixão maior era a esposa, dona Lélia. Aquela com quem fazia par nos antigos bailes do Clube de Varginha.

Zanoto faleceu na manhã desta sexta-feira 21. O corpo está sendo velado na Associação Médica de Varginha. O sepultamento será amanhã, no cemitério municipal.

Zanoto deixa dona Lélia, filhos (Luiz Henrique, Maria Isabel e José de Souza Pinto Júnior) e netos.

Fonte:BLOG DO MADEIRA.

Comentários:

1) Conforme pude apurar, José de Souza Pinto sentiu-se tonto e caiu perto na rua perto de um caminhão que trafegava por ali naquele momento. E, ao tentar se apoiar nele para se levantar foi jogado ao chão tendo o seu braço esmagado por uma das rodas do veículo. Ontem, hospitalizado no Humanitas (Hospital da Unimed em Varginha) ainda acenou para um dos seus antigos colegas que fazia exame no local indicando com o polegar o gesto de positivo. Ele iria para o CTI, mas não parecia algo grave.

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